Eis que o reduto Do pobre matuto É sempre o conduto Pro louco astuto Se fazendo de malungo Te fazer de vagabundo Dizendo ser oriundo Da putrefação do submundo
Penso insisto em pensar Existo pra falar Pois pensar é não calar
A lastima é o choro A ausência do socorro A humilhação de um cachorro Que se aproxima quando corro O meu discurso é mudo Assistido pelo surdo Esquecido entre tudo Desprotegido pelo escudo
O sábio é um engano Conhecido como humano Vestido de cigano Um súdito soberano Garrancho e desenho Mostrando seu empenho Neste grande desdenho Chamado de sonho