O bandido e o mocinho São os dois do mesmo ninho Correm nos estreitos trilhos Lá do morro dos aflitos Na Favela do Esqueleto São filhos do primo pobre A parcela do silêncio Que encobre todos os gritos E vão caminhando juntos O mocinho e o bandido De revólver de brinquedo Porque ainda são meninos
Quem viu o pavio aceso? Do destino (2x)
Com um pouco mais de idade E já não são como antes Depois que uma autoridade Inventou-lhes um flagrante Quanto mais escapa o tempo Dos falsos educandários Mais a dor é o documento Que os agride e os separa Não são mais dois inocentes Não se falam cara-a-cara Quem pode escapar ileso Do medo e do desatino
Quem viu o pavio aceso? Do destino (2x)
O tempo que é pai de tudo E surpresa não tem dia Pode ser que haja no mundo Outra maior ironia O bandido veste a farda Da suprema segurança O mocinho agora amarga Um bando, uma quadrilha São os dois da mesma safra Os dois são da mesma ilha Dois meninos pelo avesso Dois pequenos Valentinos
Quem viu o pavio aceso? Do destino (2x)
Compositor: Sergio Moraes Sampaio (Sergio Sampaio) (UBC)Editor: Copyrights Consultoria Ltda. (ABRAMUS)Publicado em 1999 (09/Jun) e lançado em 1998 (01/Set)ECAD verificado obra #1457448 e fonograma #300949 em 01/Abr/2024 com dados da UBEM